A literatura Afro-brasileira

 No alvorecer do século XXI, a literatura passa por um momento rico em realizações e descobertas, que propiciam a ampliação de seu corpus, na prosa e na poesia paralela ao debate em prol de sua  consolidação acadêmica enquanto campo específico de produção literária. 

Enquanto muitos ainda indagsnm se a literatura afro brasileira ainda existe, a cada dia a pesquisa nos aponta para o vigor dessa escrita: ela tanto e contemporânea quanto se estude a Domingos Caldas Barbosa em pleno século XVIII; tanto é realizada nos grandes centros com dezenas de poetas e ficcionistas quanto se espraia pelas literaturas regionais.


Segue abaixo a pesquisa realizada pelos alunos sobre obras e escritores da literatura Afro-brasileira.


oiii eu sou a Letícia  e vou falar do autor Cruz e Souza . 

Nasceu dia 24 de novembro de 1861, filho dos escravos alforriados Guilherme da Cruz, mestre-pedreiro, e Carolina Eva da Conceição. João da Cruz desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o marechal Guilherme Xavier de Sousa - de quem adotou o nome de família, Sousa.[2][3] A esposa de Guilherme Xavier de Sousa, Dona Clarinda Fagundes Xavier de Sousa, não tinha filhos, e passou a proteger e cuidar da educação de João. Aprendeu francês, latim e grego, além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller, com quem aprendeu Matemática e Ciências Naturais.[4]


Em 1881, dirigiu o jornal Tribuna Popular, no qual combateu a escravidão e o preconceito racial. Em 1883, foi recusado como promotor de Laguna por ser negro.[2] Em 1885, lançou o primeiro livro, Tropos e Fantasias em parceria com Virgílio Várzea. Cinco anos depois foi para o Rio de Janeiro,[4] onde trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, colaborando também com diversos jornais. Em fevereiro de 1893, publicou Missal (prosa poética baudelairiana) e em agosto, Broquéis (poesia), dando início ao simbolismo no Brasil que se estende até 1922.[4] Em novembro desse mesmo ano casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem teve quatro filhos, todos mortos prematuramente por tuberculose, levando-a à loucura 

Cruz e Sousa https://g.co/kgs/i71SnA


Obra : Broquéis 

Neste livro, Cruz e Souza utiliza uma linguagem mais erudita, fazendo todo um jogo de palavras. Usa a cor branca para representar a espiritualidade, além de elementos vagos. A todo tempo deseja o espiríto, mas perde a espiritualidade com o elemento material.


A obra é composta por 54 poemas, sendo marcada pela influência de Baudelaire, que traz o mal como algo belo

Broquéis https://g.co/kgs/9TCEmv


Nome: Pedro Henrique de Assis  2° A 

Gabriel Rocha 

Yago


Biografia: Lino Pinto Guedes é natural da cidade de Socorro-SP. Quanto à data de seu nascimento, há controvérsia entre as fontes consultadas. Para Raimundo de Menezes (1969), Zilá Bernd (1992), Eduardo de Oliveira (1998) e Afrânio Coutinho (2001), Guedes teria nascido em 23/07/1906, informação também existente no catálogo da Biblioteca Mário de Andrade. Mas para Oswaldo de Camargo (1987), o autor nasceu em 24/06/1897, hipótese confirmada em pesquisas mais recentes (Toller, 2011). Seus pais foram José Pinto Guedes e Benedita Eugênia Guedes ambos ex-escravizados.


Aprendeu as primeiras letras em sua cidade de origem indo depois estudar em Campinas-SP, onde se diplomou pela Escola Normal Antônio Álvares. Desde muito jovem começa a se interessar pelo jornalismo, escrevendo para o Diário do Povo e o Correio Popular. Poeta, contista, romancista, ensaísta, biógrafo e jornalista, colaborou ainda em vários jornais e revistas, entre eles: Jornal do Comércio, O Combate, A Razão, São Paulo-Jornal, Correio de Campinas, Correio Paulistano, Folha da Noite e Diário de São Paulo, exercendo neste último, a função de chefe de revisão. Foi redator da Agência Noticiosa Sul-Americana. Foi membro da Sociedade Paulista de Escritores.


Na imprensa negra, atuou como editor-chefe do semanário Getulino, entre 1923 e 1924, autointitulado “órgão de defesa dos homens pretos”, que teve como secretário-geral o também poeta Gervásio de Morais.


Poeta moderno, voltado também para a crítica, haja vista sua longa atividade jornalística, estreia em livro em 1924 com Luiz Gama e sua individualidade literária, num dos primeiros movimentos de resgate da obra de do autor das Trovas burlescas de Getulino, até então mais conhecido por sua atividade com "advogado dos escravos", e por seus escritos jornalísticos e jurídicos. Com seu livro, Guedes traz a público a faceta poética e satírica do primeiro autor negro brasileiro que explicita sua ancestralidade e pertencimento ao se intitular, ainda em 1859, como "Orfeu de Carapinha".


Como literato, logrou diversas publicações na imprensa, posteriormente lançadas em livro, umas pela Editora Cruzeiro do Sul, outras com recursos próprios. Fez incursões pela prosa e dramaturgia, mas exercitou predominantemente a poesia. Há fortes indícios, ainda não confirmados, de que seja o autor do romance-folhetim A boa Severina, publicado no Getulino, entre 1923 e 1924, sob o pseudônimo de José de Nazareth. Dentre os autores afro-brasileiros de seu tempo, é seguramente o que mais trouxe a público seus escritos.


Faleceu em São Paulo (capital), a 4 de março de 1951.


Fonte biografia: http://www.letras.ufmg.br/literafro/autores/642-lino-guedes



Obra: Rastros do Cisne Preto: Lino Guedes, um escritor negro pelos jornais (1913-1969) 


Resumo: Discuto, neste artigo, aspectos da trajetória de ativismo intelectual e literário do escritor negro paulista Lino Guedes. Baseado em fontes de jornais e no mapeamento inicial de sua produção literária, busco entender como o autor figurou no debate público sobre o negro em São Paulo no pós-Abolição. Dada a pouca produção analítica específica sobre Guedes e o desconhecimento das condições sociais e intelectuais em que ele se fez possível, a pesquisa tentou reconstruir contextos sociais e intelectuais em que ele se inseriu. Espera-se contribuir para o debate sobre o protagonismo de intelectuais negros na cena pública no início do século XX em São Paulo.

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielo.br/j/eh/a/fJgN6KCv7M988zRmcThhGGz/%3Flang%3Dpt%23:~:text%3DHist%25C3%25B3rico-,Resumo,S%25C3%25A3o%2520Paulo%2520no%2520p%25C3%25B3s%252DAboli%25C3%25A7%25C3%25A3o.&ved=2ahUKEwiTwJ6ovaP7AhWcuJUCHU_4Ck0QFnoECBYQBQ&usg=AOvVaw09AOD3Qi1BrFyFE_yd1rpH

Aqui  é a Victoria , vou falar sobre a Maria Firmina dos Reis


Camila Nalin 

A escritora Maria Firmina dos Reis nasceu em 11 de março de 1822, em São Luís, no estado do Maranhão. Por isso, o 11 de março, em sua homenagem, é o Dia da Mulher Maranhense. Era filha da escrava alforriada Leonor Felipa dos Reis e, possivelmente, de João Pedro Esteves, um homem rico da região. Além de escritora, foi professora primária, de 1847 a 1881, e musicista.


Úrsula, sua obra mais conhecida, foi publicada em 1859, com o pseudônimo de Uma Maranhense. A partir daí, Maria Firmina dos Reis passou a escrever para vários jornais, nos quais publicou alguns de seus poemas. Escreveu uma novela, um conto, publicou um livro de poesias, além de composições musicais.


Em 1880, adquiriu o título de mestra régia. Nesse mesmo ano, criou uma escola gratuita para crianças, mas essa instituição não durou muito. Por ser uma escola mista, a iniciativa da professora, na época, provocou descontentamento em parte da sociedade do povoado de Maçaricó. Assim, a escritora e professora entrou para a história como a fundadora, segundo Zahidé Lupinacci Muzart (1939-2015), da “primeira escola mista do país”. Já aposentada, continuou lecionando em Maçaricó para filhos de lavradores e fazendeiros.


Morreu em 11 de novembro de 1917. Segundo José Nascimento Morais Filho (1882-1958), estava cega e pobre. Sua obra ficou esquecida até 1962, quando o historiador Horácio de Almeida (1896-1983) colocou a escritora em evidência. Recentemente, as pesquisas sobre a vida e obra de Maria Firmina dos Reis e a divulgação do seu nome intensificaram-se, e, aos poucos, a escritora vai sendo integrada ao cânone literário brasileiro.

Úrsula é uma obra icônica desde sua origem: é considerado o primeiro romance escrito por uma mulher,no Brasil. Além disso, também é um romance precursor da temática abolicionista, pois é anterior até mesmo à poesia de Castro Alves.


Ainda pode ser visto como o primeiro romance da literatura afro-brasileira, cujo conceito é: produção de autoria afro-descendente que retrata o negro a partir de uma perspectiva interna. Isso porque Maria Firmina nasceu filha de um branco com uma negra, sendo, portanto, afrodescendente.


A autora, sabendo de sua posição social no século XIX, já diz logo no prólogo do livro:


“Pouco vale este romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem o trato e conversação dos homens ilustrados.”


Também por este motivo, na obra original, ela publicou utilizando o pseudônimo “uma maranhense”.


Análise geral da obra

Pela primeira vez na nossa literatura houve uma narrativa tão crítica e realmente vivida. Por ser afrodescendente e estar num contexto anterior à Lei Áurea, a autora soube expor o que ela e sua família sentiram e viveram. Até então, só haviam produções de brancos falando sobre os negros.


Apesar de a “heroína” ser branca, a narrativa traz essa visão realística sobre a escravidão e há, dentre os principais personagens, uma tríade de negros com uma participação bem pensada. O trio começa atuando pontualmente e de forma discreta, depois vai crescendo e ganhando representatividade até que, ao final, o leitor já está completamente envolvido por eles e seus feitos.


Além disso, os integrantes estão presentes em cenas que falam muito: no primeiro capítulo “Duas Almas Generosas”, a escritora confronta a ideia vigente na época de que o negro era ruim por natureza. Também retrata elementos da cultura negra como sinônimo de algo forte e bom.


Início do enredo e interpretação – trio negro


O romance inicia-se com Túlio, um cativo genuinamente negro (a escritora não tentou fazê-lo parecer um “negro de alma branca”) que salvou a vida de Tancredo, um cidadão de família rica. A partir deste fato, o narrador deixa claro que apesar das diferenças ambos compartilham o mesmo espírito bondoso.


Quando questionado sobre a melhor forma de ser recompensado, Túlio afirma só desejar que os escravos que cruzarem o caminho de Tancredo sejam tratados com respeito. 


Tancredo não só concorda como se mostra incomodado com a situação daquele que o salvou e de seus iguais. Mais que agradecimento, como forma de carinho com aquele que chamou de amigo, também devolveu a Túlio sua liberdade. A partir deste momento, por carinho, gratidão e ingenuidade, Túlio vê-se ligado ao companheiro de alma, Tancredo, e o segue até seu infeliz fim.


Portanto, as falas de Túlio são usadas como denúncia. A atuação de sua personagem não para por aí, ele passa a ser ouvinte e transmissor da história de Suzana e Antero. Suzana, a segunda que compõe o trio, é uma mulher que foi retirada de sua África, separada de marido, filhos e família. Foi jogada em um navio negreiro e presenciou as mais terríveis desumanidades. 


Sua história é a representação do processo da diáspora negra: começando com a vida comum em sua terra, passando pelo relato doloroso do navio e fazendo o trajeto que tinha como destino a escravidão no Brasil. Tudo isso é descrito de uma forma que só a sensibilidade feminina seria capaz de captar, fazendo o leitor ter empatia.


Antero, o terceiro negro presente, já traz uma abordagem que fala sobre a África marcada pelo trabalho duro e, também, suas festas e comemorações culturais. Ele era um velho guardião que, agora escravo, trabalhava sem descanso e encontrou na bebida uma forma de suportar as condições de sua existência. 


Apesar de não ser descrito da mesma forma sutil que os outros dois, Antero não é representado como alguém impiedoso, mas como vítima. É retratado como alguém  que encontrou na falta de sobriedade e de obediência, as formas de garantir a sua própria  sobrevivência.


O Romance entre Tancredo e Úrsula


Servindo como pano de fundo de toda a crítica, surge o amor entre Tancredo e Úrsula. Úrsula é descrita como doce, bela e cheia de compaixão, não possui pai e divide a solidão com sua mãe doente. No terceiro capítulo, há a declaração da verdadeira paixão entre o casal, mas há um obstáculo:


O tio da moça, Fernando P., é um homem desprezível. Possui olhar sinistro, violento e rancoroso. Ele cometeu crimes e maltratou sua irmã – a mãe de Úrsula, apenas para poder ter a menina para si. Além disso, é caracterizado como vilão também pela forma com que tratava seus escravos.


Aparentemente, é uma clássica história de amor impossível: uma moça pobre e um homem de família rica, assim como muitas de seu tempo. Porém, logo se nota que as preocupações presentes no romance são outras. 


Apesar de ter sido escrito num período de nacionalismo exacerbado, destoa desse momento já que não foca na ideia de indivíduos formados para a nação. Além disso, o modo como mulheres e negros são retratados, também confrontam alguns pontos da mentalidade da época.


Ao final, enlouquecido de ciúmes, o tio vilão mata Tancredo na noite do casamento deste com Úrsula. Isso provocou a loucura e o falecimento de Úrsula que, por sua vez, gerou um remorso enorme em Fernando P. Com esse fato, ele começou a se afastar de sua antiga personalidade e desejar a morte. Contudo, antes de morrer, chegou a libertar seus escravos e até ficar recluso em um convento.


O texto não segue a ideia de final feliz e se aproxima de um romance gótico, trágico. Isso porque, assim, consegue mexer com as emoções do leitor e estabelecer melhor a empatia, gerando mais reflexões.


Análise estrutural

Do ponto de vista formal, o texto possui uma linearidade narrativa bem tradicional e  personagens sem muita complexidade psicológica. A escritora utilizou das técnicas do romance conhecido popularmente a fim de empregá-las como um instrumento de aproximação. Dessa forma, há uma maior chance de o romance ser inicialmente aceito e transmitir sua mensagem.


Há uma grafia um pouco diferente da atual, como a palavra “dous” ao invés de “dois”, mas tudo se dá num aspecto estilístico da época.


Eu sou a Ingrid Luciana Gomes

Biografia de José do Patrocínio

José do Patrocínio (1853-1905) foi um abolicionista, jornalista e escritor brasileiro. Participou ativamente dos movimentos para libertação dos escravos.


José do Patrocínio nasceu em Campos, Rio de Janeiro, no dia 9 de outubro de 1853. Filho do Cônego João Carlos Monteiro, vigário de Campos e da escrava Justina Maria, aprendeu as primeiras letras e recebeu certa proteção. Com permissão do pai foi para a capital, onde começou a trabalhar na Santa Casa de Misericórdia.

Sua participação nas campanhas contra a escravidão e a monarquia começou em 1871, com um poema no jornal A República.


Em 1868, com a ajuda do professor João Pedro de Aquino, entrou para Faculdade de Medicina, como aluno do curso de farmácia. Forma-se em 1874 e para sobreviver passou a lecionar.


Fonte: https://www.ebiografia.com/jose_patrocinio/


Resenha do livro:

Motta Coqueiro ou a pena de morte, escrito em 1877, por José do Patrocínio, rememora o caso real do último enforcamento no Brasil, o do mandante de um violento crime ocorrido no norte fluminense em 1852, controverso até a presente data, contra uma família de agregados, que vivia nas terras do citado fazendeiro.

https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/41#:~:text=Resumo,nas%20terras%20do%20citado%20fazendeiro.


Ana Luiza Riegas Piquetti 2°A

Biografia Conceição Evaristo

Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em 29 de novembro de 1946, em Belo Horizonte (MG). Foi a segunda de nove irmãos. Teve a infância e a adolescência marcadas pela miséria, na extinta favela do Pindura Saia na região centro-sul da capital mineira. Trabalhou como babá e faxineira enquanto cursava os estudos secundários, aspirando à carreira de professora, mas quando concluiu o curso normal, não conseguiu emprego em Belo Horizonte.

Não havia, na época, concursos para professores em Minas Gerais: aulas, só para quem fosse indicado. Assim, Conceição mudou-se, em 1973, para o Rio de Janeiro, onde se graduou em Letras pela UFRJ e seguiu carreira no magistério, lecionando na rede pública fluminense até aposentar-se no ano de 2006.

Sua estreia na literatura aconteceu no ano de 1990, quando seis de seus poemas foram incluídos no volume 13 da coletânea Cadernos Negros, publicação literária periódica que teve início em 1978, com o intuito de veicular a cultura e a produção escrita afro-brasileira, seja na forma da prosa, seja na forma da poesia.

Conciliando os trabalhos na docência, na literatura e na produção de estudos teóricos, Conceição Evaristo titulou-se como mestra em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, em 1996, com a dissertação Literatura Negra: Uma Poética de Nossa Afrobrasilidade e depois como doutora em Literatura Comparada na UFF, defendendo, em 2011, a tese Poemas malungos, cânticos irmãos, em que analisou a poesia dos afro-brasileiros Nei Lopes e Edimilson de Almeida Pereira e a do angolano Agostinho Neto.

Autora de contos, poemas e romances, parte deles traduzida para o inglês e o francês, além de vasta obra teórica, Conceição Evaristo foi finalista do prêmio Jabuti em 2015 e contemplada, em 2018, com o Prêmio de Literatura do Governo de Minas Gerais pelo conjunto de sua obra, sendo reconhecida como uma das mais importantes escritoras brasileiras da contemporaneidade.

https://brasilescola.uol.com.br/amp/literatura/conceicao-evaristo.htm


Resenha da obra Ponciá Vivêncio de Conceição Evaristo

A obra narra a vida de Ponciá Vicêncio, em flashbacks, desde sua infância até a idade adulta. Ela nasceu na vila chamada Vicêncio, no interior do Brasil. Era um local de população formada por descendentes de escravos cujos proprietários da terra eram a Família Vicêncio. Lá, os nascido herdaram esse sobrenome e era onde todos moravam e trabalhavam. 

Sua mãe era Maria Vicêncio e trabalhava com o artesanato de barro, assim como Ponciá. Seu pai e seu irmão trabalhavam na lavoura da família Vicêncio. Ponciá, que brincava de passar por debaixo do arco-íris com medo de mudar de sexo (crendice popular), era diferente desde a infância; principalmente pela semelhança física com o avô Vicêncio.

Na época em que ele era escravo, teve um momento de loucura e indignação com a escravidão. Acabou matando a esposa e tentou suicídio. Fê-lo cortando o braço, mas não morreu, restando-lhe um cotoco. Ponciá imitava o avô desde pequena, apesar de ele ter falecido quando ela era uma criança de colo. Ela sempre modelava um boneco de barro como ele e todos se espantavam com isso, dizendo que ela “carregava a herança do avô”.

Depois de perder o pai, Ponciá foi à cidade grande em busca de uma vida melhor. Viajou de trem e, ao chegar, não tinha para onde ir. Dormiu junto à porta de uma igreja e logo depois conseguiu um emprego de doméstica. Juntava dinheiro para comprar um barraco e trazer a mãe e o irmão para morar com ela. 

Enquanto isso, seu irmão Luandi decide migrar para a cidade grande, o que deixou a mãe triste. Já na cidade, arrumou um emprego de faxineiro na delegacia com a ajuda do soldado Nestor, um negro que conheceu ao chegar na estação de trem. Nestor servia de inspiração para Luandi que sonhava em ser soldado.

A mãe, Maria Vicêncio, ficou sozinha na casa e decidiu viajar pelas vilas até chegar a hora de encontrar os filhos. Sem saber dos ocorridos, Ponciá volta à vila para buscar sua mãe e o seu irmão, mas não encontra ninguém. Encontrou o boneco de barro do avô e tomou-o consigo de volta à cidade. 

Ao visitar Nêngua Kainda, uma velha considerada sábia que guardava as tradições, Ponciá descobre que encontrará a mãe e o irmão, cumprindo a herança. Dias depois, Luandi também vai à vila e encontra casa vazia, além da ausência do boneco. Deixou seu endereço da cidade com Nêngua Kainda, caso alguém retornasse à vila.

De volta à cidade, Ponciá se juntou a um homem que conheceu na favela. No início, eles viviam apaixonados, depois, ela passou a sofrer com agressões físicas. Todo o desgaste foi intensificado pela apatia que ela sentia por estar distante de seus familiares e ter sofrido 7 abortos.

Neste intervalo de tempo, Luandi aprende a ler e escrever ficando mais próximo de realizar seu sonho de ser soldado. Conheceu Bilisa, uma mulher negra, que veio para a cidade em busca de uma vida melhor. Ao ser roubada na casa onde trabalhava, tornou-se prostituta. Ainda sim, os dois se apaixonaram e fizeram planos. Contudo, ela foi assassinada por Negro Climério, interrompendo os planos do casal. 

Agora, é a mãe quem volta à vila e encontra o endereço do filho com a velha sábia. Ela vai ao encontro dele na cidade grande e, ao chegar na estação de trem, encontrou o soldado Nestor. Entregou-lhe o bilhete com o endereço do filho e foi guiada até a delegacia onde estava Luandi. 

Na favela, Ponciá já delirava com saudades do barro e decide retornar à cidade natal. Na estação de trem, reencontra a família e retornam juntos para a Vila Vicêncio, onde Ponciá faz o cumprimento de sua herança ancestral, junto do rio, do arco-íris e do barro.


https://beduka.com/blog/materias/literatura/resumo-de-poncia-vicencio/

Olá, eu sou a Isabelly Cristinny Leite da Silva, e vou falar sobre o escritor afro-brasileiro :"Luiz Gonzaga Pinto da Gama"


Luiz Gama (1830-1882) foi um importante líder abolicionista, jornalista e poeta brasileiro. É o patrono da cadeira n.º 15 da Academia Paulista de Letras.


Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu em Salvador, Bahia, no dia 21 de junho de 1830. Filho de um fidalgo de origem portuguesa (cujo nome jamais citou) e da escrava livre Luiza Mahin que, segundo ele, participou da revolta do Malês em 1835 e da Sabinada em 1837 e, como consequência teve que fugir para o Rio de Janeiro, deixando o filho aos cuidados do pai.

Em 1840, com 10 anos, Luiz Gama foi levado, por seu pai, para o Rio de Janeiro e vendido ao negociante e alferes Antônio Pereira Cardoso, para pagar uma dívida de jogo. Pelo fato de ser baiano, que tinha fama de insubordinado, o comerciante não conseguiu vendê-lo e o levou para sua fazenda no município de Limeira.


Com 17 anos, Luiz Gama conheceu o estudante Antônio Rodrigues do Prado, hóspede da fazenda de seu pai, que lhe ensinou a ler e escrever.


Em 1848, com 18 anos, sabendo que sua situação era ilegal, uma vez que sua mãe era livre, Luiz fugiu para a cidade de São Paulo e conquistou a alforria na justiça. Nesse mesmo ano, alistou-se na Força Pública da Província.


Em 1850, Luiz Gama casou-se com Claudina Gama, com quem teve um filho. Ainda em 1850, Luiz Gama tentou ingressar no curso de Direito do Largo de São Francisco, mas a faculdade recusou sua inscrição porque era negro, ex-escravo e pobre. Mesmo sendo hostilizado pelos professores e alunos ele assistia as aulas como ouvinte.


Em 1854, após uma insubordinação na Força Pública, ele ficou 39 dias preso, sendo em seguida expulso da corporação. Mesmo sem ter se formado em Direito, adquiriu conhecimentos que lhe permitiu atuar na defesa jurídica dos escravos. Em 1856 tornou-se escriturário da Secretaria de Polícia da Província de São Paulo.

https://www.ebiografia.com/luiz_gama/amp/


Natasha Carvalho de Souza

resenha afro- brasileira

A Cor da Cultura

O projeto “A Cor da Cultura” é uma ação educativa de valorização da cultura afro-brasileira que traz produtos audiovisuais, ações culturais e coletivas que visam práticas positivas, valorizando a história negra sob um ponto de vista afirmativo. Entre os kits disponibilizados pelo projeto para educadores, a especialista destaca os cadernos Modos de sentir, Modos de ver, Modos de fazer e Modos de interagir. 

projeto A Cor da Cultura, tem como foco a educação infantil, que atende crianças de 0 a 5 anos. Como afirma a apresentação do material, para se refletir sobre a educação voltada às relações étnico-raciais, são fundamentais a escuta e o diálogo com os docentes.


Assim, a construção desse Caderno teve a participação de professores.


https://www.cenpec.org.br/tematicas/a-cor-da-cultura-modos-de-brincar#:~:text=A%20inser%C3%A7%C3%A3o%20das%20culturas%20e,desigualdades%20sociais%20em%20nosso%20pa%C3%ADs.



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